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Cármen Lúcia é empossada na presidência do TSE e irá comandar o tribunal nas eleições municipais
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Nesta segunda-feira (3), a ministra Cármen Lúcia tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos próximos dois anos.
- Por Camilla Ribeiro
- 03/06/2024 22h14 - Atualizado há 4 meses
Durante a mesma cerimônia também foi empossado, como vice-presidente do TSE o ministro Nunes Marques.
A cerimônia foi realizada para mais de 300 convidados e teve a presença de autoridades dos Três Poderes, incluindo os presidente Lula, os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, da Câmara, Arthur Lira (PP-, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
A ministra Cármen Lúcia está sucedendo o ministro Alexandre de Moraes, que presidiu o TSE durante os últimos 2 anos.
Eleições municipais
Nesse ano de 2024, Cármen Lúcia retorna ao cargo com desafio semelhante ao da sua primeira gestão: estando à frente dos bastidores das eleições municipais.
Cármen Lúcia foi a relatora do total de 12 resoluções aprovadas pelo tribunal para regulamentar as eleições deste ano.
Essas resoluções trataram de temas desafiadores para o pleito, como:
-as restrições ao uso da inteligência artificial (IA); e
-o combate à desinformação.
Perfil
Essa já é a segunda gestão de Cármen Lúcia no comando do TSE.
A primera gestão ocorreu em 2012, na ocasião a ministra foi a primeira a presidir a Corte e uma eleição municipal.
Cármen Lúcia desempenhou um importante papel sobre as resoluções com regras para o pleito eleitoral sendo a relatora.
A partir do voto da ministra, pela primeira vez, o TSE fixou as parâmetros para a utilização e veto da inteligência artificial durante as campanhas eleitorais, exigindo identificação desse tipo de conteúdo e a proibição do uso da ferramenta para propagar conteúdo falso.
A ministra também vem participando de reuniões com representantes das "bigs techs", como são conhecidas Apple, Microsoft, Meta, Alphabet e Amazon, com o objetivo de discutir medidas que reforcem o combate às notícias falsas.
A ministra Cármen Lúcia é de Montes Claros (MG) e tem 70 anos.
É formada em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG) e fez mestrado em direito constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Já trabalhou como professora titular de direito constitucional da PUC-MG, como advogada e procuradora do estado de Minas Gerais.
A ministra está no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2006, no qual o residiu o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entre os anos de 2016 e 2018.
Também é autora de várias obras jurídicas, entre elas: “O Princípio Constitucional da Igualdade” e “Constituição e Constitucionalidade”, “Princípios Constitucionais da Administração Pública”.
Vice-presidente
O ministro empossado, Kassio Nunes Marques, tem 51 anos, nasceu em Teresina (PI), fez bacharel em direito na Universidade Federal do Piauí (UFPI), é mestre em direito pela Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal, e doutor e pós-doutor pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Trabalhou como advogado e foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí entre 2008 e 2011.
Foi desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília (DF).
É ministro do STF desde novembro de 2020.